Lua cheia...
O reflexo de sua luz na água...
O horizonte...
A canção...
A poesia...
Sentimentos retratados no ato da escrita...
As minhas metades...
As suas metades...
Nossas metades.
O reflexo de sua luz na água...
O horizonte...
A canção...
A poesia...
Sentimentos retratados no ato da escrita...
As minhas metades...
As suas metades...
Nossas metades.
Somos sempre metades porque a vida também é feita de escolhas conscientes e inconscientes...
Somos o sim e o não, ainda que haja um talvez.
Somos a reciprocidade do amor e da razão, embora acreditamos
que possa existir a loucura...
Somos o antes e o agora, ainda que estejamos
sempre à espera do depois.
Somos lua e escuridão porque na
essência e magnitude de sua estrutura; visível aos nossos olhos, uma não pode
existir sem a outra.
Somos corpo e espírito, embora na
essência saibamos que todas as nossas inquietudes permanecem no recôndito da
alma.
Somos medo e coragem, porque dentro de
nós permanece o desejo.
Somos vida e morte mesmo que acreditemos na existência de apenas, uma de cada vez, em planos diferenciados
para a aprendizagem.
Somos som e silêncio, ainda que nossas
vozes independam deles.
Somos um constante ir e vir, porque mesmo
ainda que estejamos aqui, estamos também em outros lugares.
Somos dúvidas e certezas,
simplesmente porque ambas são persistentes em nossas tomadas de decisões.
Somos ilusão e realidade, mesmo que na busca
de nossas metades pouco adianta-nos saber. O sentir aciona nosso estado entre
o ser e o estar, porque o saber é insignificante quando percebemos que as
nossas metades são igualmente sagradas. E ambas se entregam à inexplicável magia
da vida.