quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Minhas ou nossas Metades?...

Lua cheia... 
O reflexo de sua luz na água... 
O horizonte... 
A canção... 
A poesia... 
Sentimentos retratados no ato da escrita... 
As minhas metades... 
As suas metades... 
Nossas metades.

Somos sempre metades porque a vida também é feita de escolhas conscientes e inconscientes... 
Somos o sim e o não, ainda que haja um talvez. 
Somos a reciprocidade do amor e da razão, embora acreditamos que possa existir a loucura...
Somos o antes e o agora, ainda que estejamos sempre à espera do depois.
Somos lua e escuridão porque na essência e magnitude de sua estrutura; visível aos nossos olhos, uma não pode existir sem a outra.
Somos corpo e espírito, embora na essência saibamos que todas as nossas inquietudes permanecem no recôndito da alma.
Somos medo e coragem, porque dentro de nós permanece o desejo.
Somos vida e morte mesmo que acreditemos na existência de apenas, uma de cada vez, em planos diferenciados para a aprendizagem.
Somos som e silêncio, ainda que nossas vozes independam deles.
Somos um constante ir e vir, porque mesmo ainda que estejamos aqui, estamos também em outros lugares.
Somos dúvidas e certezas, simplesmente porque ambas são persistentes em nossas tomadas de decisões.
Somos ilusão e realidade, mesmo que na busca de nossas metades pouco adianta-nos saber. O sentir aciona nosso estado entre o ser e o estar, porque o saber é insignificante quando percebemos que as nossas metades são igualmente sagradas. E ambas se entregam à inexplicável magia da vida.