quinta-feira, 4 de abril de 2013

Quem Ama Sempre Recomeça



Se você diz que ama e não cuida, desconhece de fato o que é o amor. É certo que nem todo homem consegue dominar a sensibilidade do universo feminino; cada ser tem uma essência peculiar que pode conquistar ou afastar, manter a chama do amor vivo e intenso ou simplesmente atear água fria e apagar toda essa encantadora chama. Uma certeza é fato, só quem ama consegue fazer com que haja recomeço em um relacionamento em qualquer fase da vida.



Quem não desapegou do egoísmo confessou que o amor nunca recomeçou, assinando assim, a sentença de que não aprendeu a cuidar da oportunidade adquirida e caiu na arrogante armadilha de um conto de fada que desencantou;  pois perdeu na essência um amor que de tanto se doar, tornou-se único e puro, mas que infelizmente não foi reconhecido em sua magnitude e sublimidade.


Amar alguém é dedicar-se a um total de sentimentos tão profundo que não existe bem material que os desligue dessa conexão. O amor precisa vivenciar a primazia e delicadeza do diálogo, pois não existe nada pior numa relação do que o silêncio.

Para a mulher o silêncio do parceiro acoberta restrições e as interrogações são as mais terríveis porque nunca são respondidas tão pouco discutidas. Aliás, quem não sabe usar da delicadeza do diálogo, ou seja, de um bom papo acaba no final da fila porque novos encantos podem preencher essa lacuna.

O diálogo é a cumplicidade inquietante da alma, onde nossas inquietações mais secretas são desnudas sem restrições; sem ele os dias são saturados e cansados e as noites frias e tensas.

Não existe atitude mais egoísta em um relacionamento do que  a ausência do diálogo que provoca a autossuficiência e promove desdobramentos de sentimentos que não serão retirados, pois sempre regressam do fundo poço e insistem em não chegar a superfície.

O problema não está no perdão das palavras jogadas ao vento, mas na estupidez de não reconhecer como recomeçar um amor que acredita que o tem.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Um Adeus a Minha Amada Tia Romé

Última dedicatória dela para mim
Ontem as 20:00h recebi uma notícia que me fez parar e lembrar de tantos momentos de aprendizagem que tive ao lado de Romelita Tavares(minha querida Romé);não contive a dor e as lágrimas ao ter a certeza que as minhas idas a terra natal, não terei mais o sorriso e a alegria que movia nossas conversas e carinhos atribuídos. Hoje foi um dia de prece, não fui ao desgaste fluídico que são as maiorias dos velórios(concepção particular minha) porque preferir as boas lembranças entre os nossos “segredos” e “desejos”. Tia Romé era muito divertida, tenho a impressão que minhas “palhaçadas” têm muito dela, pois me ensinou a sorrir todas as vezes que me sentia ferida por algo. Cuidou de mim até os 9 anos, mas não me abandonou, visitava sempre e me levava para brincar no balanço que fez para mim no quintal enorme de sua casa, além de me ensinar a tirar, corretamente, goiaba da goiabeira. Adorava!!

Ela agora está em outro plano e, como pedi com toda força de minha alma:Meu Pai Celestial permita aos Espíritos consoladores e benevolentes que acolham minha amada Tia-mãe Romé. Já que este é o momento da partida definitiva em nossas vidas reencarnatórias  eu te faço o último pedido- permita a esse espírito o sossego e paz que almejou durante seu percurso terreno, pois nunca poderei pagar o que fez por mim, tentei , corri, lutei e conseguir chegar onde cheguei, academicamente e psicologicamente, porque foi ela quem me ensinou a pegar no lápis, me alfabetizou e mais me incentivou o amor por uma boa leitura.

Foi ela a responsável por minha inserção numa escola pública, que me preparou durante meus 5 anos para vivenciar a realidade escolar. Cheguei a escola pronta para viver os desafios, lia e escrevia com prazer, porque a tive como exemplo em meus dias. Romé me chamava carinhosamente de minha “linda caboclinha”, lia muitas histórias e me fazia reconta-las interpretando-as como se estivesse no palco teatral. Não à toa me apaixonei e estudei teatro no projeto na escola pública que estudei durante 4 anos, atuei em diversas peças, entre comédia e drama; foi ela a incentivadora por essa minha paixão.

Ela sempre me disse que eu chegaria onde desejasse, acreditou em mim e apostou todas as pedrinhas (nossa brincadeira de apostas na infância até os 12 anos) que eu realizaria seu sonho- “concluir o mestrado”; pois é, pelo menos sinto o alívio no espírito por proporcioná-la essa alegria. Sei a alegria que ela sentiu quando defendi e como desejou me abraçar e beijar. Não foi possível o encontro embora estivesse marcado; isso ontem com a notícia doeu, mas como não podemos mudar os planos de Deus me resta a certeza do acolhimento e do amor que recebeu em sua chegada do outro lado.