Decidi escrever sobre meu irmão no último dia do ano/2014, para
assim cumprir o acordo feito ao branquelo nordestino que passou pela terra, dividindo alegrias e dores tão iguais e íntimas que serão arquivadas no recôndito da alma.
No dia 16/08/14 nos despedimos, por telefone,
sem sabermos o que aconteceria 7 dias(23/08/14), após nossas risadas e projetos para 2015. A distância nunca foi o nosso problema, pois, estávamos sempre juntos virtualmente.
Nossas conversas ficarão guardadas, pois, sempre foram dotadas de alegrias e sentimentos verdadeiros um
para com o outro. Nunca perdemos a sintonia e a alegria de nos declararmos enquanto
irmãos. O nosso Eu te amo, minha vida! Era tão natural quanto acreditar que acordaríamos no dia seguinte. Até poderia não acontecer, mas sempre acreditávamos...
Momento crucial em SP.. |
Ele falava, com muita naturalidade, que acreditava não durar muito tempo na terra, e que a sua passagem seria rápida. Quando eu questionava o porquê dele não falar em casar e ter filhos, ele sempre dizia que eu nunca esperasse ter sobrinhos(as) por parte dele, pois, nasceu livre para voar e amar.
Em nossas conversas, além túmulo, ele falava que se morresse primeiro viraria um anjo para cuidar de mim. Eu nunca dava atenção ao que ele falava sobre essas questões, sempre acreditava que eu o sentiria por perto nos momentos de dor, desejo de um colo e uma boa escuta; como sempre foi na infância e adolescência.
Ele tinha a melhor escuta para minhas dores silenciadas...Os bálsamos que derramávamos era de puro amor, até nos abraços encharcados de lágrimas e, lógico, tinha que ser de minha parte (sempre fui emotiva e quando eu cometia algo errado, sem perceber, as palavras não saiam). Em seguida as lágrimas caiam pela auto-decepção que eu sentia pelo erro.
Um longo caminho de um filme que parecia não acabar... |
Importa saber que a sua marca de AMOR permanece em mim...